segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Sentido



Quando não se despede de alguém,
Alguma coisa ou lugar
Isso volta sempre pra te atormentar
Até mesmo quando não há mais motivos
Ou justificativas para que volte...
Mesmo quanto já sabemos de tudo isso
E conhecemos a angústia do passado,
O futuro parece menos agradável
Agora que o presente se mostra
Cada vez mais como um cela fria ao luar.
A mesma Lua que troca carícias comigo
Agora ilumina com sua palidez
A pesada e triste fumaça que entranha
Dos fios do lençol cinzento
Até a última gota de energia do meu corpo...
Quando nada mais faz sentido
E tudo que sempre te levou a crer,
Mostra como o mundo é amargo
Como toda sua fantasia inocente
É vendida em cápsulas de receitas ilegais
Ao preço dos casulos de aço
Das borboletas sem cor
Que riscam o mundo sem vida.
Não há mais espaço pra você
Entre os castelos de rubis
Onde tão somente restam
Poços secos das sensações vivas.
Toda uma obra eterna
Contruída e remodelada no tempo
Sempre ávida e rica nas cores
Num gozo extremo do prazer divino,
Feita para ser vivida e amada
Desbravada como as florestas
E degustada como um banquete,
Pois na intensidade do saber
É que a Natureza oferece seus frutos,
E quando for preciso agir,
Cobra nossas ações com força..!
Aquilo que te forta;ece
Sempre será aquilo que te mata.
E assim o que sempre te motivou
Já não possui sentido algum...

Igor Padua

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